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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Adivinhando ...com Câmara Cascudo

A Adivinha do Amarelo - Luis da Câmara Cascudo



     Lembrei de uma história que meu pai contava.
     "Um rei tinha uma filha tão inteligente que decifrava imediatamente todos os problemas que lhe davam. Ficou com essa habilidade, muito orgulhosa, e disse que se casaria com o homem que lhe desse uma adivinhação que ela não descobrisse a explicação dentro de três dias. Vieram rapazes de toda parte e nenhum conseguiu vencer a princesa que mandou matar os candidatos vencidos.

     Bem longe da cidade morava uma viúva com um filho amarelo e doente, parecendo mesmo amalucado. O amarelo teimou em vir ao palácio do rei apresentar uma adivnha à princesa, apesar de rogos de sua mãe que o via degolado como sucedera a tantos outros.

     Saiu ele de casa trazendo em sua companhia uma cachorrinha chamada Pita e um bolo de carne, envenenado, que lhe dera sua própria mãe. Andou, andou, andou, até que desconfiando do bolo o deu à Pita. Esta morreu logo. O amarelo, muito triste, jogou a cachorrinha no meio do campo e os urubus desceram para comê-la. Sete urubus morreram também. O amarelo com fome, atirou com uma pedra em uma rolinha, mas errou e matou uma asa branca. Apanhou-a e sem deixar de andar ia pensando como podia comer sua caça quando avistou uma casinha. Era uma capela abandonada há muito anos.

     O amarelo entrou e aproveitando a madeira do altar fez uma fogueira e assou o pássaro, almoçando muito bem. Ao sair, viu que descia na água do rio um burro morto, coberto de urubus. Estando com sede, encontrou um pé de gravatá, com água nas folhas e bebeu a fartar. Quase ao chegar à cidade reparou em um jumento que escavava o chão com insistência. O amarelo foi cavar também e descobriu uma panela cheia de moedas de ouro. Chegando à cidade, procurou o palácio do rei e disse que tinha uma adivinhação para a princesa. Marcaram o dia, e o amarelo, diante de todos, disse:

 Saí de casa com massa e Pita
 A Pita matou a massa
 E a massa matou a Pita
 Que também a sete matou
 Atirei no que vi
 Fui matar o que não vi
 Foi com madeira santa
 Que assei e comi
 Um morto vivos levava
 Bebi água, não do céu
 O que não sabia a gente
 Sabia um simples jumento
 Decifre para seu tormento

      A princesa pediu os três dias para decifrar e o amarelo ficou residindo no palácio, muito bem tratado. Pela noite, a princesa mandou uma criada sua, bem bonita, tentar o amarelo para que lhe dissesse como era a adivinhação. O amarelo compreendeu tudo e foi logo dizendo:

      - Só direi se você me der a sua camisa.

     Vai a moça e deu a camisa ao amarelo, que contou muita história mas não explicou a adivinhação. A princesa, vendo que a criada nada conseguira, mandou a segunda e houve a mesma cousa, ficando o amarelo com outra camisa. Na última noite, a princesa procurou o amarelo para saber o segredo. O rapaz pediu a camisa e a princesa não teve outro remédio senão a entregar. No outro dia, diante da corte, a princesa explicou a adivinhação:

     - Massa era o bolo que a cachorra Pita matou porque comeu e foi morta pelo bolo, matando envenenados os sete urubus. A rolinha escapara da pedrada mas a asa branca morrera sem que o caçador a tivesse visto. Assou-a com madeira que guardara a hóstia santa. Um cadáver de burro levava, rio abaixo, uma nuvem de urubus vivos. A água que se conservava entre as folhas do gravatá, matara a sede do amarelo. O que não sabia o povo inteligente, sabia um jumento que cavava ouro ao pé de uma árvore.

      Era tudo. Bateram muita palma, mas o amarelo disse logo:
 - O fim dessa adivinha é fácil e eu vou dizer logo, antes que morra degolado!

 - Quando neste palácio entrei
 Três rolinhas encontrei
 Três peninhas lhes tirei
 E agora mostrarei…

     E foi puxando a camisa da primeira criada e mostrando. Fez o mesmo com a da segunda. Quando tirou a camisa da princesa, esta correu para ele, dizendo:

     - Não precisa mostrar a terceira pena! Eu disse a adivinhação porque você me ensinou, e me ensinou porque é meu noivo…

     Casaram e foram muito felizes."
Fonte http://www.gilbertogodoy.com.br/ler-post/a-adivinha-do-amarelo---luis-da-camara-cascudo

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Adivinhações infantis


Adivinhe quem sou:
quanto mais lavo,
mais suja vou...
A água

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Quem é que bebe pelos pés?
A árvore

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Todo mundo leva,
Todo mundo tem,
Porque a todos lhes dão um
Quando ao mundo vem.
O nome

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Todos me pisam,
Mas eu não piso em ninguém;
Todos perguntam por mim,
E eu não pergunto por ninguém.
O caminho

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Minha casa levo nas costas,
Atrás de mim deixo uma trilha,
Sou lento de movimentos,
E não gosto do jardineiro.
O Caracol

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Somos muitos irmãozinhos, em uma só casa vivemos, se nos coçam a cabeça, num instante morremos.
Os fósforos

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Fui na feira e comprei uma bela, cheguei em casa e comecei a chorar com ela.
A cebola

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Uma casinha com duas janelinhas
Se olhas para ela, ficas zarolha.
O nariz

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Ouro não é, prata não é, abre a cortina e verás o que é.
a banana

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O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido?
o Passado

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O que é que se pões na mesa, parte, reparte mas não se come?
baralho

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O que é que dá um pulo e se veste de noiva?
pipoca

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Está no meio do ovo?
A letra V

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O que o zero disse para o oito?
Que cinto maneiro!!!

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Se você mudar uma letra em meu nome, irá aparecer o nome do animal que é meu maior inimigo. Quem sou?
Rato

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Por que o computador foi preso?
Porque ele executou um programa.

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Qual o pé que é mais rápido?
O pé- de- vento!!!

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O que é, o que é?
Que não se come,
Mas é bom para se comer?
Talher

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Tem coroa, mas não é rei, tem raiz, mas não é planta?
O Dente


fonte: http://br.guiainfantil.com/adivinhacoes/136-adivinhacoes-para-brincar-com-as-criancas.html

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Curiosidades 2



Você sabia...

blog é um gênero textual que tem como finalidade a  interação .
Este trata -se de  um diário online, que funciona como uma importante ferramenta visando à informação e o entretenimento.



Curiosidades 1

Ao ser questionada sobre a questão do gênero textual e o blog , uma grande dúvida pairou no ar...


Blogue é gênero textual?

 
Diante desta questão , encontrei um conto que ajudou-me a dar a melhor definição para minha dúvida...
 
 
 
Um dia, um aluno, durante a aula, indagou-me de sopetão:
- professor, blogue pode ser considerado um gênero textual?Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes, onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.

Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.

 
fonte:http://www.sacodefilo.com/2009/04/blogue-e-genero-textual.html

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Brincando de adivinhar.



Convide seus colegas e brinque à vontade .
 
 
 

 
 
- O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
 O livro
- O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
 o segredo
- Ele é magro pra chuchu, tem entes mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome?
 o garfo

- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
 o botão
- O que é o que é feito para andar e não anda?
 a rua
- O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
o relógio
- Qual é a piada do fotógrafo?
ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
- Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital?
em dia de plantão.
- O que é o que é que que tem mais de 10 cabeças mas não sabe pensar?
uma caixa de fósforos.
- O que é o que é que enche uma casa mas não enche uma mão?
 um botão
- Qual a única pedra que fica em cima da água?
a pedra de gelo.
- O que é um monte de pontinhos coloridos no meio do mato?
 formigas treinando para o carnaval!
- O que é um pontinho verde brilhando na cama de um hospital?
uma ervilha dando à luz
- O que a esfera disse para o cubo?
 deixa de ser quadrado.
- O que é o que é que esta sempre no meio da rua e de pernas para o ar?
a letra U
- O que é o que é que anda com os pés na cabeça?
 o piolho

- É um pássaro brasileiro e seu nome de trás para frente é igual.
  arara.



Ricardo Azevedo - Um pouco da história da adivinha.

Longe de ser apenas brincadeiras com palavras, todas as adivinhas costumam também ser metáforas. Ou seja, dizem uma coisa mas, ao mesmo tempo, querem dizer outra. Por exemplo, quando ouvimos: “A moça é uma flor” sabemos que o tal moça não tem folhas nem pétalas nem raízes mas sim que é bela, cheirosa e delicada. É uma moça e, também, é uma flor. Isso é uma metáfora.
Em geral, as adivinhas funcionam da mesma maneira. Se alguém pergunta: “o que é que cai de pé e corre deitada?” já sabemos que o sujeito está falando da chuva. Se pergunta: “o que é que quanto mais se perde, mais se tem” sabemos que está falando do sono.
A adivinha, portanto, pode ser considerada uma espécie de introdução à linguagem poética.
Nas sociedades antigas;druidas e sacerdotes eram admirados justamente porque sabiam decifrar enigmas. E, para esses povos, os enigmas traziam sempre um conhecimento sagrado sobre a existência e o mundo.
Vejam as perguntas feitas pelo imperador Frederico II (1194-1250) a Miguel Escoto, o astrólogo da corte:
Sobre que se assenta a terra?
Quantos céus existem?
Como é que Deus se senta em seu trono?
Por que a água do mar é salgada?
Quais são as causas das exalações e erupções vulcânicas?
 Como se explica que as almas dos mortos não desejem regressar à terra?
 
Eram perguntas cabeludas e muito perigosas.
Perigosas porque se o adivinho conseguisse responder era louvado e considerado  um grande sábio. Em compensação, se falhasse, era condenado à morte e ia para o beleléu.
Segundo os pesquisadores do assunto, com o desenvolvimento da civilização, o enigma ganhou dois sentidos diferentes: de um lado virou questão de filosofia. De outro virou simples divertimento.
Tudo isso, leitor, para dizer que as adivinhas, herdeiras de antigos enigmas, também costumam ter esse duplo caráter: são filosofia sobre a existência e o mundo e são brincadeiras ao mesmo tempo!
Basta a gente examinar as adivinhas populares para encontrar, muitas vezes, pequenas especulações que nos fazem meditar, compreender ou atentar melhor, sempre afetiva e intuitivamente, para inúmeros assuntos da vida e da natureza:
 
Campo grande
Gado miúdo
Moça formosa
Pai Carrancudo
 
Quanto mais cresce menos se vê?
Quanto mais se tira menor fica?
Sempre se quebra quando se fala?
Quem faz nunca vai querer
Quem compra não quer usar
Quem usa não pode ver
Quem vê não vai desejar?
 
Pois bem, os contos de adivinhação fazem parte disso tudo. Com seus heróis espertos, criativos e inteligentes, muitos deles herdeiros dos antigos druidas; seus reis que não sabem ser felizes; princesas que só casam com quem souber se esconder direito; soldados poetas , jogadores de baralho; amigos ricos e amigos pobres; àrvores adivinhonas; mães mais malvadas que bruxas e malandros cheios de truques, esses contos populares, além de brincadeiras, também trazem pensamentos e dúvidas sobre os assuntos da vida da gente.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Adivinhas - por que as crianças precisam deste jogo?

Os jogos de adivinhação ajudam a estimular a inteligência das crianças.
Um dos jogos mais divertidos e inteligentes para desfrutar em família e entre amiguinhos são as adivinhações. Além de divertido que são, as adivinhações ajudam a criança a aprender, associar idéias e palavras, a aumentar seu vocabulário, etc.
As adivinhações são ditos populares, jogos infantis geniais que têm como meta entreter e divertir as crianças, contribuindo ao mesmo tempo com a aprendizagem, e o ensino de novo vocabulário. A adivinhação é um passatempo ideal para as horas de diversão com o seu filho.

Não espere mais, experimente as adivinhações e verás que seu filho se divertirá muito!!

Fonte : http://br.guiainfantil.com