Ao ser questionada sobre a questão do gênero textual e o blog , uma grande dúvida pairou no ar...
Blogue é gênero textual?
Diante desta questão , encontrei um conto que ajudou-me a dar a melhor definição para minha dúvida...
Um dia, um aluno,
durante a aula, indagou-me de sopetão:
- professor,
blogue pode ser considerado um gênero textual?Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente
estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes,
onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de
beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.
Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.
Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.
fonte:http://www.sacodefilo.com/2009/04/blogue-e-genero-textual.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário